terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Dando adeus a uma amiga

Acordando pela manhã, um dia depois do natal. Percebo que falta alguma coisa, ou melhor, alguem, minha amada Mika. Minha melhor amiga e companheira. Ela não estava mais lá, seu corpo gelado e sem-vida estava dentro de uma caixa. O ser que decidiu me acompanhar durante aqueles 5 anos havia morrido.
O que era para ser um natal em familia e unido, acabou sendo um dia que marcaria a passagem de um membro da familia. Ela era unica, uma cadelinha simples que faria amizade com você, simplesmente em troca de um pedaço de pão. Seu corpinho pequeno, preto e branco escondia um coração valente e com vontade de viver.
Até o ultimo momento de sua vida, ela lutou para não partir, vendo ela deitada se debatendo no chão por causa do envenenamento, me lembrou o dia que eu a conheci. No meio da multidão, assustada. Naquele momento eu podia proteger ela de tudo e de todos, mas naquela noite de natal, eu não pude fazer nada.
O ser que decidiu me acompanhar durante aqueles 5 anos havia morrido. Na volta para casa, carregando seu pequeno corpo em torno dos meus braços, eu chorava, chorava de saudade, chorava de medo, chorava por ter perdido uma grande amiga insubstituivel. Naquele momento a casa perdeu a vida sem a presença dela. O silencio e a dor ocupavam aquele lugar, algo faltava.
Aquela noite poderia ter sido diferente, por minimos detalhes, mas não foi. O que mais me machucava era saber que ela não voltaria. A sua ausencia era sufocante, tanto que nos dias seguintes, eu não consiguira ficar em casa sem se lembrar daquelas patinhas encostando o chão, do jeito dela de se deitar na cama e de se enrolar.
Sinto saudades dela e espero que ela me perdoe por tudo que fiz a ela. Se podesse a rever, diria o quanto a amava e que nunca irei e esquecer dela. Percebi na noite de natal que mesmo sendo uma data tão especial, Deus não poupa ninguem, nem mesmo no aniversário do seu filho.
Ja faz um mês que ela se foi e a dor virou saudade. É dificil ter que conviver com isso, olhar a cama sem ela estar deitada como se a cama pertencesse a ela. Nos primeiros dias quando olhava para a cama e via algo rapidamente com os olhos, pensava que era ela, logo em seguida eu me lembrava do que havia acontecido. Quando chego tarde da noite em casa, não tem mais ninguem ali me esperando na ponta da escada balançando o rabinho...
Vou continuar vivendo minha vida e prometo que vou sempre sorrir quando me lembrar de você, so peço que me perdoe, mas eu ainda não posso cumprir essa promessa.

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