segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Tudo que você deve saber sobre corridas!

Sempre tive vontade de participar de corridas pois me considerava otimo corredor, neste fim de semana, tirei meu sapato social e coloquei meus tenis de corrida. Participei de uma das famosas corridas do estado do Ceará! A corrida de Rua da Unifor, na sua 19ª edição. Ela tem em media 10 Km de percurso e teve em media, 2.000 participantes

E como é do meu feitio sempre arrastar vitimas para sofrerem comigo, escolhi meu amigo Jorcelio, concordamos em formar uma equipe intitulada como “Os aprendizes”, formada por aprendizes que trabalham na mesma instituição que trabalhamos. Foram dias e dias anciosos para se inscrevermos e para a grande corrida, imaginamos que seriamos uma equie forte, formada por jovens que esalavam vitalidade e força, mas pelo contrario, no dia da corrida foram apenas eu e meu colega de trabalho, colega de farra e amigo, Jorcelio.

A corrida ocorreu dia 12 de dezembro, as 7:00 em ponto. Por sorte, antes da corrida começar e de eu ainda estar de Jejum, encontrei com meu amigo Jorcelio que generosamente me comprou uma bebida que me deixou com vontade de urinar e logo em seguida fui a minha primeira ida ao Banheiro Quimico, percebi que esses lugares são bem tensos, pois assim que se abre a porta, se encontra um liquido verde, cocos de varias formas, tamanhos e DNA’S diferentes boiando na sua frente. Nessas horas agradeço por meu olfato ser ruim.

Depois da minha viagem ao mundo das bostas felizes, fomos para a linha de largada, era como um enorme onibus lotado, com pessoas empurrando já suadas com suas roupas bregas amarelas e outras ainda mais bregas se achando super importantes com suas roupas bem coladas e com seus oculos escuros.

O homem que falava ao microfone, anunciava a largada, as pessoas começaram então a nos levar junto com elas. Andamos e andamos, naquele momento, não fazia ideia de que horas eram. Eu caminhava ainda ao lado do meu amigo Jorcelio, por sermos uma equipe, mesmo sendo apenas dois. As vezes eu me adiantava a ele, e as vezes ele se adiantava a mim, mas não me importava, pois sabia que naquele momento eramos uma equipe e aquilo era o mais importante pra mim naquele momento. Mas em um certo momento, ele se adiantou, olhou para traz e eu pedi a ele que seguisse em frente, mas diferente do que eu pensava, naquele momento eu nunca imaginaria que nunca mais, ou até a corrida terminar, veria Jorcelio novamente. Ele se forá e me deixará ali, apenas andando sem forças. Mas eu não queria ser um empencilho para ele, para depois ele ficar passando na minha cara que não venceu por minha causa.

Eu estava só, apenas eu e varias pessoas desconhecidas ao meu redor que falavam para que eu aguentasse firme. Aquelas palavras me ajudavam muito, pois eu ganhava coragem, corria e em seguida me cansava, as mesmas pessoas que me davam força, passavam por mim e com seus olhares sarcasticos, perguntaram se eu já tinha morrido. Em um certo momento, ainda no 3KM, vi que a 500M haviam pessoas distribuindo agua, naquele momento eu corri o mais rapido que podia para poder me refrescar. Mas por mais que eu correce, a agua não aparecia na minha visão. Minutos (ou horas) eu encontrei pessoas bondosas destribuindo agua, peguei dois copos e derramei no meu corpo suado, comecei então a sentir o vento no meu rosto e a força voltando e junto com isso, o frio da agua se misturando com o calor do meu corpo á ponto de causar uma hipotermia, alem de perceber que a agua deixava meu calção meio que transparente e para os olhares das outras pessoas, deixavam minha roupa de baixo visivel...

Eu continuava e revia pessoas conhecidas, minhas amigas de trabalho, Flor, tambem conhecida como Nega e Morena que mesmo com tantos apelidos ainda não sei o nome dela, e a Graça que tambem era conhecida como Graça, que trabalhava antes, no lugar da Flor. Agradeço a elas, por me darem apoio naquele momento, pois sem a ajuda delas, talvez eu não estivesse aqui agora. Mesmo elas dizendo para que eu corresse, mesmo sentindo as veias dos meus pés pequenas demais pra passagem do sangue e mesmo muito cansado sentindo que iria por o que não tinha pra fora, agradeço a elas...

Continuando a caminhada para o inferno, a tentação me sercava, "por que não desistir?", pensava, mas eu me lembrava, de um garoto, de um sonho e de15 reais. Sabia que não poderia ganhar, mas sabia tambem que não podia jogar dinheiro fora assim desse jeito. A minha avareza de certa forma me foi util.

Enquanto as pessoas corriam, eu me arrastava, e outras nos dando força e eu novamente com vontande de mandar aquelas mesmas pessoas para aquele lugar, eu via os anjos e um senhor aparentando ter mais idade que eu, em torno de uns 70 anos passando na minha frente .

Sem perceber, já estava voltando para o local de inicio, faltavam apenas 2 KM, era o caminho mais longo de toda a minha vida, mas eu corria, com todas as minhas forças, estava exausto, mas vivo, eu já podia ver o final da linha de chegada e varias pessoas já em torno. Á poucos metros, resolvi correr, enquanto eu percebia (me descupem a expressão crianças), eu vi o maior filho da &*%¨& da minha vida, ele começou a correr do meu lado, como se estivessemos disputando verdadeiramente alguma coisa, pra mim, queria apenas chegar para tirar aquele sapato e olhar pro ceu e agradecer a Deus por ter feito meus 15 reias terem valido a pena, mas aquele filho da %¨¨& não, ele começou a correr do meu lado, apenas pra mostrar que podia me vencer, mas ele quebrou a cara, pois eu morri e fui mancando até a linha de chegada enquanto ele disputava sozinho aquela corrida junto com milhares de pessoas suadas e descaradas.

Eu consegui chegar na linha de chegada, logo em seguida, ganhei uma medalha que logo em casa, perceberia que ficaria otima como um peso de papel e barras de cereal, minha nova paixão gastronomica. Logo em seguida, me lembrei da exitencia do meu colega de trabalho, colega de farra e amigo, Jorcelio, Perceberia logo em seguida quando vi meu pai que não o veria mais naquele dia. Chegando em casa, percebi que meu pé que já estava doendo, estava doendo mais ainda e que minhas cochas haviam assado...

Isso me fizéra pensar. Como pessoas saudaveis, saem das suas casas com roupas apertadas, para soar e sentir dores nos pés, por que se correr fosse bom, não haveriam ambulancias no local.

Por outro lado, foi uma nova e grande experiencia! Pois fizeram o meu dia ficar doloroso e cansativo! Até a corrida de Rua da Unifor no proximo ano!


Nenhum comentário:

Postar um comentário